Thursday, March 08, 2007

Geórgia concorda em extraditar Badri Patarkatsishvili para a Rússia

As autoridades georgianas concordaram em extraditar para a Rússia Badri Patarkatsishvili, magnata financeiro e dos meios de comunicação, informou o sítio na web do Civil Geórgia na quarta-feira, citando uma reportagem da TV Imedi, emissora com participação de Patarkatsishvili.
A TV Imedi citou uma "fonte" sem nome e teria dito que a informação é "extra-oficial". A televisão também disse que Patarkatsishvili "agora é procurado por agentes legais georgianos." Os funcionários governamentais georgianos declinaram de qualquer confirmação da reportagem. "Eu não tenho nenhuma informação sobre ele," Eka Zguladze, Ministro do Interior, falou a repórteres depois da reunião de governo. "Eu não tenho nenhuma informação; eu não posso comentar isto," disse Gia Kavtaradze, Ministro da Justiça. "Quem é a fonte desta informação? A extradição de Patarkatsishvili para a Rússia pelas autoridades georgianas está descartada", afirmou Kakha Lomaia, o Ministro de Educação. Patarkatsishvili, que atualmente está vivendo em Londres, falou numa entrevista para a TV Imedi em 5 de março que partiu da Geórgia e transferiu seus "negócios ao Ociente" evitando envolver-se no embate político interno do país entre as autoridades e a oposição. Patarkatsishvili, que esteve com as autoridades georgianas recentemente, também disse que ele não teme ser extraditado para a Rússia porque tem a cidadania georgiana, "e é pura imaginação encarar isto como uma ameaça a considerar". Nos últimos dias, a TV Imede, que é uma companhia possuída por Patarkatsishvili, e a News Corporation, dedicaram grandes espaços de tempo em seus programas políticos para edições de cobertura relacionandas com a posição das autoridades a respeito de Patarkatsishvili. O que se tornou uma razão formal para esta cobertura extensa foi um conversa telefônica gravada entre Paata Mamardashvili, que está na prisão e que é apontado como líder mafioso, e Gia Dgebuadze, que a TV Imedi diz ser funcionário do Departamento de Segurança Constitucional (DCS) do Ministério Interior.
Na conversa gravada, que foi ventilada pela TV Imedi, o funcionário do Ministério do Interior falava para o chefe criminoso sobre a tentativa de se obter "matérias comprometedoras" contra Patarkatsishvili.
MosNews
(MosNews, http://www.mosnews.com/news/2007/03/07/bdri.shtml, 07/03/2007)