Wednesday, November 08, 2006

Futuro do West Ham em dúvida como os lances incertos

Eli Papoushado, o magnata israelense, voou para Londres na noite passada para avançar nas conversas sobre se vai ou não prosseguir com sua oferta de compra do West Ham United.
O milionário devia encontrar Kia Joorabchian, que está liderando o consórcio, e pode também tentar manter as discussões com o presidente do clube do Premiership, Terence Brown, que possui 40% das ações.
A diretoria do West Ham reuniu-se ontem e acredita-se que tenha decidido não estabelecer no futuro prazos fatais para Joorabchian, que perdeu ao menos três prazos anteriormente, ou para a contra-oferta do homem de negócios islandês Eggert Magnusson. Ao invés disso, eles querem simplesmente ver como o assunto progride.
Magnusson, que foi inicialmente recusado, manteve conversas com o clube na Segunda-feira, como revelou o The Independent ontem, após reorganizar seu consórcio e reformular sua oferta com maior proporção de equilíbrio em garantia antecipada. Mas, até agora, não lhe foi permitida a auditoria.
Circularam rumores ontem de que Papoushado pretendia finalizar sua esperada oferta depois de falhar em convencer o West Ham a reduzir o preço de venda – 75 milhões de Libras mais débitos de 22,5 milhões de Libras – porque ainda há 4 milhões extras sobre a taxa de transferência para Dean Ashton e outras obrigações.
Entretanto, acredita-se que Papoushado queira manter futuras conversas esclarecedoras com Joorabchian, e seus banqueiros, NM Rothschild, e então decidirá se prossegue. O medo está em que o futuro do West Ham ainda não seja decidido por algum tempo, com os consultores de Magnusson acreditando que eles não poderiam concluir a tomada do controle, se eles apresentassem um lance aceitável, antes do Natal.
A incerteza abre a possibilidade desconfortável de serem feitas ofertas futuras. Percebeu-se que um americano cujo nome não foi revelado esteja monitorando a situação e considerando uma oferta enquanto o restante do consórcio inicialmente comprometido com Magnusson não possa ser desprezado, e pode, eventualmente, seguir só. Acredita-se que este grupo contenha um número de ricos financiadores do West Ham que agora se sentem marginalizados.
Magnusson está sendo apoiado por Bjorgolfur Gudmundsson, o presidente do mais velho banco islandês, Landsbanki, que está, contudo, usando sua fortuna pessoal para ajudar a financiar o acordo preferivelmente quanto ao dinheiro da instituição. Se ele lograr êxito, Magnusson, que diz apoiar completamente o gerente, Alan Pardew, e pretende disponibilizar fundos substanciais para ele no período de transferências de Janeiro, renunciará a seu posto como diretor da associação de futebol do seu país e delegado-chave da UEFA.
Compreensivelmente, algumas fontes influentes próximas ao clube agora acreditam, contudo, que não haverá nenhuma transferência de controle nesta temporada. Refletiu-se que nem Papoushado, que se acredita esteja em discussão com seus apoiadores, ou Magnusson, será capaz de convencer a diretoria completamente de que ele pode satisfazer a avaliação ‘inegociável’ estipulada sobre o clube.

(The Independent, http://sport.independent.co.uk/football/premiership/article1962432.ece , 08/11/2006)