Thursday, October 26, 2006

Conselheiros do West Ham negociam com Eriksson

Jon Brodkin

The Guardian

Os agentes de Sven-Goran Eriksson negaram ontem à noite que ele tenha sido cotado para o trabalho como técnico do West Ham United, depois que veio à tona notícia do jantar do ex-treinador da Inglaterra, no domingo, com dois figurões de Kia Joorabchian, potencial comprador do clube.
Eriksson jantou em Tel Aviv com Eli Papouchado, magnata israelense, que é o principal financiador de Joorabchian, e com o agente Pini Zahavi, que ajudou a coordenar a potencial negociação. Os detalhes da reunião, ontem à noite, eram incertos, mas é sabido que o sueco está muito interessado em voltar à ativa, depois de quase quatro meses afastado do trabalho, desde a saída da Inglaterra da Copa do Mundo.
Athole Still, agente de Eriksson, porém, desconversou sobre a reunião como sendo uma coincidência. "Foi um jantar absolutamente privado e não estava de forma alguma ligado ao clube de futebol West Ham", disse.
Se Joorabchian tomar o controle do West Ham, ele pretende substituir Alan Pardew, depois de um tempestuoso começo de temporada, que se estende com o recente fracasso na terça-feira com o Chesterfield pela Carling Cup, a oitava derrota consecutiva da equipe. Ele quer um técnico de fama internacional e Zahavi é um admirador de Eriksson, o qual teria recomendado ao Chelsea, como um sucessor de Cláudio Ranieri, antes de José Mourinho assumir o cargo.
Eriksson esteve em Israel por vários dias desde o meio da semana passada, durante esse tempo, assistiu Maccabi Haifa e auxiliou um jovem jogador de futebol principiante israelense-palestino.
Papouchado esteve na Inglaterra no dia seguinte ao seu jantar com Eriksson e encontrou Joorabchian, que está sofrendo pressão do West Ham para que decida até o fim da semana que vem se prosseguirá com seu interesse de posse do clube. Ele ainda está realizando levantamento nas contas e a possibilidade de uma mudança para o estádio Olímpico de Londres parece ser um fator a ser considerado.
O Conselho existente quer encerrar os quase dois meses de incertezas e é improvável que se volte para Eggert Magnusson, o islandês chefe do consórcio rival, se Joorabchian se retirar. Os diretores acreditam que um fator, dentre os vários, que tem contribuído para os terríveis resultados, é o nervosismo da equipe técnica, sobre a incerteza se terão um futuro no West Ham, caso um novo proprietário assuma. Além do mais, o clube não pode realisticamente, considerar a retirada de Pardew, no clima atual, porque qualquer novo técnico iria querer saber para quem irá trabalhar e as garantias sobre sua posição.
Nesta fase, o técnico mantém o apoio dos diretores, que concederam a ele em novembro passado, um contrato até 2010. Pardew levou o clube ao 9º lugar e a final da Copa da Inglaterra na última temporada e o Conselho não perdeu as esperanças de que ele pode virar a sorte da equipe.
Ele permanece no comando para o jogo de domingo, em casa, contra o Blackburn e os desempenhos, assim como, os resultados, estão sendo examinados de perto. Entende-se, no clube, que mesmo uma última vitória do Chesterfield, só teria mascarado uma fraca exibição.
Os fãs do West Ham continuam torcendo largamente por Pardew, em meio ao recente fracasso e ao apelo do meio de campo Hayden Mullins, que pediu para o Conselho não perder a fé no técnico. "O técnico tem sido excelente desde que entrou no clube", disse Mullins. "
Durante os três anos em que ele esteve por aqui o clube deu passos gigantescos. Fomos promovidos, o que todo clube quer, e chegamos à final da FA Cup, tenho certeza que a equipe se deleitou com isso, e então progredimos na Europa. Esta temporada não foi boa para nós. Sabemos que não tivemos um bom começo e estamos tentando arrumá-lo.

(The Guardian, http://football.guardian.co.uk/News_Story/0,,1931750,00.html, 26/10/2006)