Tuesday, November 07, 2006

West Ham: Magnusson volta atrás

Por Jason Burt

Numa reviravolta extraordinária na saga sobre quem assumirá o controle do West Ham, clube da Primeira Divisão, ontem ocorreu uma reunião de surpresa com o empresário islandês Eggert Magnusson. O desenrolar, após nova reunião hoje, mais uma vez lança dúvidas sérias sobre as possibilidades de que o consórcio encabeçado por Kia Joorabchian ganhe o controle.
Magnusson, o chefe da Associação de Futebol da Islândia, reapresentou sua oferta de £75milhões de libras, mais a quitação das dívidas do clube no valor de £22.5milhões de libras, com a maior parte do dinheiro sendo paga em espécie. Ele também confirmou ao West Ham a identidade do seu principal financiador. Ele disse ser Bjorgolfur Gudmundsson, dono do banco islandês Landsbanki, que é bem sucedido em seu negócio e estaria usando seus fundos pessoais.
Fontes ligadas ao clube confirmaram na noite de ontem que a reunião ocorreu. Elas também disseram que a proposta de Magnusson está sendo recebida muito mais seriamente pode agora ser maior que a oferta apresentada por Joorabchian. Ao mesmo tempo o West Ham aumentou sua contrariedade pela demora e aumento na oferta de Joorabchian, que está sendo sustentado pelo magnata israelense Eli Papouchado e orientado por NM Rothschilds.
Joorabchian tem mantido conversações recentes com Papouchado, discutindo o preço que ele aceita pagar à luz do que ele considera como "dívida extra", mais especificamente os £4 milhões de libras pendentes da transferência de Dean Ashton. Há outro jogador e custos de contrato, na teoria, elevando o total a £13.6milhões de libras.
Mas o West Ham tem feito tentativas de reduzir o preço, acompanhando o processo de auditoria em suas contas, respondendo de pronto, argumentando que os pagamentos são parte do funcionamento do clube e incluem coisas tais como remuneração por resultados e imagem, mas também jogadores integrantes de seleções internacionais e vencedores da Liga dos Campeões da Europa.
Contrariamente ao informado, contudo, não havia nenhuma linha de chegada no orçamento de Joorabchian e isto não seria anunciado após a reunião mensal da diretoria. De maneira interessante, Magnusson, não somente renovou a sua oferta, respondendo a um número de questões propostas pelo West Ham, como sobre ele não ser um testa-de- ferro, mas também mudando a feição do seu consórcio, já que ele é mais que um especulador escandinavo.
Efetivamente, Magnusson herdou o consórcio quando foi pela primeira vez apresentado como sendo o líder do negócio, mas, desde então, tem decidido que quer ter o seu próprio controle. Ontem à noite a equipe de Magnusson recusou confirmar se uma reunião aconteceu ontem.
Magnusson tinha ficado frustrado pela relutância do West Ham em conversar com ele, mas o Conselho parece ter tido uma mudança de sentimento. Algumas fontes próximas da negociação permanecem céticas, no entanto, sobre o quão séria estaria sendo sua proposta e se é um estratagema usado para ajudar a impulsionar a proposta de controle de Joorabchian e, então, poderem argumentar que outras opções foram examinadas.
Sejam quais forem as táticas, agora parece que ainda pode levar algum tempo antes que o futuro do West Ham seja decidido, com fontes argüindo que pode levar “várias semanas”. Se for permitido a Magnusson prosseguir, é improvável que o negócio seja finalizado antes de Natal.
Magnusson também prometeu fundos de transferência para a entrada de janeiro e disse que irá dar um tempo ao técnico Alan Pardew. A posição de Pardew, deve ser menos segura se Joorabchian e Papouchado assumirem o controle. Joorabchian, que seria encarregado das transferências de jogadores, já deixou claro que, para começar, contaria com os dois Argentinos que ele trouxe ao clube, Carlos Tevez e Javier Mascherano. Pardew recusará dar qualquer tipo de garantias.

(The Independent, http://sport.independent.co.uk/football/premiership/article1961441.ece, 07/11/2006)