Sovietic News

Friday, December 16, 2005

Autoridade russa de telecomunicações nega participação em esquema de lavagem de dinheiro

O Ministro de TI e Telecomunicações da Rússia, Leonid Reiman, negou veementemente na segunda-feira que tenha tomado parte em um complexo esquema de lavagem de dinheiro concentrado em empresas de telecomunicações russas, informou a agência de notícias Associated Press.


Reiman deu uma entrevista coletiva três dias após a publicação de matéria do Wall Street Journal, a qual relatou que Promotores da Alemanha suspeitam que o Ministro russo teria “enriquecido ilegalmente através de diversas transações” datadas do período das privatizações pós-União Soviética na década de 1990.


Citando cartas dos Promotores, no artigo afirma-se que Reiman obteve privilégios por sua posição, inicialmente como um executivo de uma companhia telefônica estatal de São Petesburgo, auxiliando operações de transferência de dinheiro e ativos de telecom para fora da Rússia através de uma rede de empresas de fachada para um fundo mútuo gerenciado por um conhecido.


O “Fundo de Crescimento Internacional” (IPOC, International Growth Fund Ltd.) é parte em uma feroz batalha judicial contra o Grupo Alfa do magnata russo Mikhail Fridman, em que se discute a posse de 25% dos direitos acionários da Megafon, terceira empresa de telefonia móvel russa.


Penso que este artigo surgiu há tempos por iniciativa de acionistas inescrupulosos com a intenção de afetar o mercado das telecom”, Reiman disse segunda-feira, acrescentando que considera a matéria do Wall Street Journal uma forma de “pressão”.


As alegações de lavagem de dinheiro surgiram durante audiências vinculadas à disputa com a Megafon. O artigo do jornal assevera que Reiman, neste caso, não figura como um criminoso sob investigação.


O inquérito da Alemanha investigando os atos do banco alemão Commerzbank AG e de Jeffrey Galmond, diretor do IPOC, na movimentação de fundos e de ativos, levou à demissão dos membros da cúpula do Commerbank no último verão.


Reiman negou possuir contas neste banco em outros países e disse estar instruído por seus advogados para sustentar que seus direitos foram lesados pela Wall Street Journal. Assim, ele disse que não descarta “recorrer a todos os mecanismos legais necessários.”

MOSNEWS


(MosNews, http://www.mosnews.com/news/2005/12/06/reimanden.shtml, 06/12/2005)